Foto: https://www.facebook.com
MARIO DE ALMEIDA
( Pará )
Nascido em Castanhal – Pará, Brasil e
membro da Academia Castanhalense de Letras.
VII ANUÁRIO DA POESIA PARAENSE. Airton Souza organizador. Belém: Arca Editora, 2021. 221 p. ISBN 978-65-990875-5-4
Ex. Antonio Miranda
Medo da solidão
Eram dias tristes
quando desabava incompreensível
o temporal do medo
(a rotina vestida de negro
destruía meu mundo
colorido)
e enquanto ouvia o som mórbido
que o medo me trazia além
os vultos me perseguiam
brincando de destruir meus sonhos
minhas esperanças)
Eram dias tristes
com medo angustiante
neste quarto morno
(onde eu esboçava desespero
que ninguém ouvia)
acompanhado pelo medo
do invisível
Calúnia
As flechas da vida me atravessam
Ardem no peito
Sangram sobre medos, tormentos
A carne fresca flameja
Ninguém me defende desta seta mortífera
Desta boca carnívora que me devora
No toque mortal
As flechas flechadas, atravessadas em mim
Me consome
Levam meu suspiro
Deixando somente meu corpo inerte
Sem vida
Numa cena terna, chorosa
Sem platéia
*
VEJA e LEIA outros poetas do PARÁ em nosso Portal:
http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/para/para.html
Página publicada em março de 2022
|